domingo, 5 de agosto de 2012

PESQUISA, ATÉ QUE PONTO ELA DEFINE UMA ELEIÇÃO?

Reportagem do Jornal A Platéia do dia 05/08/12- Pesquisa nada mais é do que o processo de juntar informações sobre um determinado assunto e analisá-las, utilizando o método científico com a intenção de aumentar o conhecimento de tal assunto. Pesquisa eleitoral é o método utilizado pelos institutos de pesquisa para sondarem, por amostragem, a intenção de voto dos eleitores, trazendo em seu bojo a função de informação de um quadro diagnosticado em um determinado momento definido de espaço-tempo, bem como a função de propaganda eleitoral, por parte dos partidos. São consultas feitas junto a determinadas faixas da população com a objetividade de restarem aferidas as preferências, as escolhas, as opiniões, enfim, o pensamento a respeito de determinado ponto ou aspecto. Para a divulgação de uma pesquisa, o primeiro passo é aplicar a metodologia correta, com pesquisadores isentos. A seguir, registrar na Justiça Eleitoral e informar claramente todos os dados referentes às condições em que foram obtidos. No infográfico ao lado, algumas informações que precisam chegar à população associadas a dados que esclarecem sobre o que foi pesquisado, como foi, etc… Se pode ocorrer erro? Não só pode, como ocorre. Há cálculo da margem de erro. São inúmeras as situações causadoras dos erros, desde uma anotação equivocada por distração até uma resposta imprecisa do entrevistado, passando também pelo preparo de alguns pesquisadores, que, em algumas situações deixam a desejar. O fato é que não são precisas. Quanto à pergunta: são definidoras? Há controvérsias, pois existem aqueles que defendem que o eleitor só vota em quem está “ganhando”, enquanto outros entendem que o eleitor não leva tanto em conta quanto os candidatos pensam que ocorre. É possível concluir que há importância em cada pesquisa, porque reflete o momento, ou seja, o sentimento que parte da população em relação ao candidato e a seus concorrentes naquela fração de tempo – que pode mudar? É muito possível. A Plateia ouviu, durante esta semana, os seis candidatos à prefeitura de Livramento, podendo concluir, pelas manifestações que todos utilizam, de uma ou outra forma, as informações que as pesquisas trazem. Em outras ocasiões, em pleitos de Sant’Ana, houve candidatos que “fabricavam” (inventavam) pesquisas todas as semanas, com a finalidade de “vender” sua candidatura. A maioria dos que utilizavam essa prática – posterior tema de piadas no folclore político local – não conseguiu manter-se em funções de poder por muito tempo. Os candidatos locais, segundo informaram, acompanham as divulgações e informações, muitos realizam levantamentos para consumo interno nas coligações e partidos, porém, mantêm o entendimento de que tanto no que tange a quem está embaixo, quanto no que se refere ao candidato que obtém a maior preferência, as pesquisas constituem indicativo e são levadas em consideração na definição das estratégias de campanha, seja consolidando-as ou fazendo com que sejam modificadas. O prefeiturável Nelmo Oliveira disse ver a pesquisa como importante em vários tipos de situações. “Eu, por exemplo, como estudante de Gestão Pública, entendo que a pesquisa deve servir para orientar as ações da Administração Pública, para auxiliar na definição daquilo que se quer fazer, ou do projeto que se quer realizar, de modo que se possa antever um resultado aproximado de um futuro próximo” – refere o candidato. Para Nelmo Oliveira, nesse sentido, a pesquisa é muito importante como uma espécie de etapa do planejamento de uma ação ou programa. “No que se refere às pesquisas eleitorais, também entendemos que elas sejam importantes. Porém, as pesquisas eleitorais atendem a uma lógica diferente da maioria das pesquisas comuns de outras áreas. No período eleitoral, como uma campanha política é muito dinâmica, uma decisão errada de um candidato bem colocado numa pesquisa, e muitas vezes até uma fala sua mal colocada ou mal interpretada pela população pode colocá-lo entre os últimos colocados numa pesquisa feita dias ou mesmo poucas horas depois” – afirma. Para o candidato, a pesquisa eleitoral é importante se for feita por institutos sérios e idôneos e pode contribuir muito para uma eleição, inclusive no convencimento do eleitor. “Mas somente as pesquisas não têm o poder de definir uma eleição e determinar a vitória ou derrota. O que ganha uma eleição é a qualidade das propostas, o perfil do candidato, a credibilidade do seu nome e das pessoas que o cercam, enfim, um conjunto de fatores que a população leva em conta na hora de decidir seu voto” – afirma.

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